Minas Gerais deve abrir cerca de 60 mil empregos diretos e 150 mil indiretos com a chegada de novas empresas e a ampliação das existentes no território estadual. Mesmo em meio à pandemia de covid-19, o estado tem atraído investimento de importantes empresas. O assunto é tratado na série de reportagens especiais que serão veiculadas no Jornal da Itatiaia I Edição.
Os dados da geração de emprego foram apresentados pelo presidente da Agência de Promoção de Investimento em Comércio em Minas Gerais, João Paulo Braga. A entidade atua para ser um braço-direito no estado no apoio aos empresários.
“Dentre essas complexidades para os empreendimentos, está a escolha do melhor local, licenciamento ambiental, a parte tributária, a conexão de energia elétrica. São muitas complexidades que envolvem a implantação de projetos. Nosso trabalho é justamente fazer ficar mais fácil”, explica.
De acordo com ele, “foram formalizados junto à agência projetos de investimento de mais de 225 empresas, de 16 nacionalidades distintas, distribuídas em quase 30 setores econômicos diferentes”. Os investimentos, somados, superam R$ 129 bilhões. “Analisando a série histórica, a média anual nos últimos dois anos é quase quatro vezes maior do que a média dos 20 anos anteriores. Minas Gerais nunca atraiu tanto investimento”, cita.
Entre as empresas que chegam a Minas, está a Amazon, gigante mundial do e-commerce. Também são exemplo o Mercado Livre, a cervejaria Heineken, entre outras. “Sem contar as empresas que já estavam em Minas e anunciaram investimento em expansão, como a Ambev, a Bombril, a Batata Bem Brasil, a Philips e outras”.
Para a economista Tânia Teixeira, professora na PUC e presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais, as oportunidades de trabalho relacionadas ao e-commerce tendem a ser no mercado informal, sem carteira assinada.
Sobre os empregos esperados diante dos investimentos, ela detalha as áreas. “A gente teria a criação de empregos em cerca de 40 setores. Destacamos a usina de energia solar, alimentos, bebidas, mineração, medicamentos e comércio. A rede de supermercados também atrairá novos investimentos”, diz.
No próximo episódio da série, que será veiculado nesta terça-feira (13), a reportagem trará recorte sobre dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do desemprego em Minas.