Visconde do Rio Branco é uma das 22 cidades que compõem o Polo moveleiro de Ubá. Cientes de que a mão de obra qualificada e a preocupação com o meio ambiente e a sustentabilidade são diferenciais importantes para a indústria, o Sindicato do Produtores Rurais do município promoveu, este mês, o novo curso do Sistema FAEMG/SENAR/INAES/Sindicatos sobre Construção de Móveis Rústicos com aproveitamento de madeira.
Na formação os participantes aprenderam a identificar espécies de madeiras e a finalidade que terão na construção das peças, noções de segurança no trabalho e cuidados com a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), manuseio das ferramentas e Acabamentos como lixamento e aplicação de verniz, além de calcular a quantidade de materiais e o preço de venda dos móveis produzidos.
A turma fabricou duas mesas e quatro bancos durante o treinamento e o desempenho dos alunos chamou atenção do instrutor Getúlio Caetano de Lima que ressaltou a importante presença das mulheres no grupo. “Elas merecem um destaque especial porque se esforçaram e tiveram entrega em todas as etapas de fabricação”, comentou.
Getúlio destacou que há um mercado crescente para os móveis rústicos, e a alta demanda por vezes causa a escassez da matéria-prima, principalmente no meio urbano. Para o instrutor, o campo sai na frente nesse quesito, já que os materiais usados na construção desse tipo de mobília são facilmente encontrados nas propriedades. “Queremos despertá-los para a possibilidade de agregar valor ao que eles já têm, fomentando o aproveitamento de materiais, com técnica”.
Avaliação
O mobilizador do Sindicato, Clever José Cardoso pontou que diversos produtores, trabalhadores e moradores das comunidades rurais tem afinidade com a carpintaria e se interessaram pela formação em busca de uma nova fonte de renda. “Tivemos um excelente resultado! Eles ainda são aprendizes e já fizeram lindos móveis. Há grande demanda na região pela profissionalização nessa área e outra turma fará a curso em Visconde do Rio Branco 14 a 18 de dezembro”.
“Pode parecer algo que mulheres não conseguem fazer, mas não é verdade. Provamos que podemos! Aprendi muito, me inteirei sobre as novidades. No nosso grupo a solidariedade, e a atenção do instrutor fizeram a diferença em todas as etapas de construção do conhecimento. Estou muito satisfeita”, disse uma das participantes, Maria Aparecida de Jesus Ferreira.
“Aprendi as técnicas e pretendo levar o curso adiante. Foi uma excelente formação”, disse o aluno Yuri Reis.
“Tinha curiosidade de saber como era o mundo da marcenaria, gostei e já vou colocar em prática. Além das técnicas e valores dos materiais, o instrutor nos deu muitas dicas de como seguir na atividade. O Sistema FAEMG está nos abrindo muitas portas, nos ajudando a empreender para crescer da maneira certa e com honestidade”, declarou o aluno, Renato Figueiredo.